



NX Zero revela seus segredos
Dani tomava remédio para gripe, quando Di entrou na sala. Tinha chegado do Rio onde estava com a namorada, a atriz Mariana Rios. Antes, mandou twitts para informar aos fãs o que estava fazendo. "Viciei nisso", diz. Fi chegou minutos depois da primeira pergunta sobre como definem Sete Chaves? Quer saber a resposta? Confira a entrevista.
D+: Como definem Sete Chaves (o quarto CD da banda, com 14 faixas)?
DANI: Depois de três meses de preparação, a expectativa era absurda para o lançamento. Foi tudo programado.
DI: Quisemos nos reiventar e isso foi natural. Fizemos tudo muito unidos. Cada instrumento tem personalidade (com direito a solo de guitarra). É barulheira, rock''n''roll. O trabalho está maduro, mais agressivo, com liberdade musical. Quando assinamos contrato, tínhamos 18 anos. Aprendemos, inclusive, a não expor a vida pessoal.
D+: Por que um cadeado com engrenagens para ilustrar a capa?
DANI: Porque queríamos passar a ideia de segredo. O objetivo é que se desvende cada música, aos poucos.
DI: As engrenagens são uma homenagem para os fãs e para a galera que trabalha com a gente. São eles que movem as engrenagens do NX Zero.
D+: O que a canção de trabalho Espero a Minha Vez (faixa três) quer transmitir?
DI: Fala de coisas que passamos durante os oito anos de banda. Foi uma batalha chegar até aqui e é uma batalha maior para nos manter. Seguimos nosso sonho, apesar de algumas pessoas terem dito que não ia dar certo.
D+: O que é Insubstituível (faixa 4)?
DI: A NX Zero, que é mais do que uma banda. Fazemos tudo juntos. O que a gente é a gente toca. Não somos diferentes dali de cima do palco.
D+: Já tiveram de Zerar e Recomeçar (faixa 6) alguma coisa na vida?
FI: Muitas, sempre. Cada CD é um recomeço. É preciso parar e pensar antes.
D+: É complicado trabalhar sob pressão para ter sempre novos projetos?
DANI: A pressão estimula a ter ideias e a pensar em coisas legais.
DI: Confidencial (faixa 8), por exemplo, não saía de jeito nenhum. Daí conversei com o Dani e terminamos juntos.
Para satisfazer os jovens, os músicos dizem buscar alternativas para não perder o contato com o público. Uma das armas usadas por eles é a internet. Dani Weksler (bateria) contou ao R7 o que os fãs podem esperar do novo trabalho e revelou que a nova turnê começa em março de 2010.
R7- Como foram as gravações de Sete Chaves, e o que rolou de diferente em relação às outras vezes em que vocês gravaram?Weksler - Dessa vez tivemos a oportunidade de fazer a pré-produção do disco no Midas Estúdio, que é o mesmo onde gravamos. Foram dois meses de trabalho, tivemos muito mais tempo para experimentar, e o nosso produtor, o Rick Bonadio, participou mais, ficou mais do nosso lado, se envolveu mais com as gravações. Essa pré-produção foi tão boa que conseguimos gravar o disco em apenas 28 dias.
R7- Em termos musicais, o que mudou?
Weksler - Nossas letras agora abordam temas diferentes, tem dinâmicas musicais diferentes, e influências sonoras bem diversificadas em relação aos anteriores. Pudemos experimentar mais timbres, trouxemos para o nosso som influências das coisas que a gente ouve no nosso dia a dia.O resultado ficou mais visceral, mais real, com mais personalidade, fugindo do padrão que rola no rock atual. Quem ouvir com fone vai curtir muito, pois existem muitos mais detalhes para o pessoal curtir.
R7-Como surgiu o nome Sete Chaves? Nenhuma música do disco tem esse título, não há essa frase em nenhuma delas. Tem a ver com o conceito desse trabalho?
Weksler - Sem dúvidas. Aprendemos com o tempo, com o nosso momento, sem apressar nada, tudo a seu tempo. Hoje, temos capacidade para fazer coisas que a gente gostaria de ter feito antes, mas que ainda não tínhamos condições técnicas e a maturidade para fazer. É como se essas coisas estivessem fechadas a sete chaves dentro de nós, e agora saíssem, nesse CD.